Nossa maior dificuldade é falar à alma, já que nossa forma típica de comunicação é com o cérebro. Enxergo a complicação que é o entendimento humano, simplesmente porque ainda que falemos com o outro nos comunicamos como se estivéssemos falando conosco mesmos.
Sim, esta é uma outra ação do egoísmo, falar com o outro e querer satisfazer a si próprio como se o outro tivesse que vislumbrar tudo como nós. No final, temos grande probabilidade de atropelar o interlocutor e não atingir exatamente o que queremos que é estabelecer um vínculo.
Por isso a comunicação cabalística é com a alma da pessoa. Isto possibilita que todos os padrões caiam por terra e que se possa estabelecer um real vínculo entre os que participam do diálogo. O entendimento gera Luz e esta Luz nos coloca em rota de colisão com a energia do amor.
Quando mais entendemos, mais temos prazer, porque o suprasumo desta sensação se dá através da consciência. Ao obter isto, adquirimos a sabedoria necessária para que nossos hábitos em outras parcelas da vida sejam aprimorados. A própria correspondência nos informa que a Língua se posiciona exatamente na esfera de Malchut.
Isto nos diz que a principal forma de refinamento neste mundo é aprimorar nossa comunicação, evitar Lashón Hará e infundir amor em nossas conversas. Quando as almas falam, nada mais precisa ser dito, apenas sentido e experimentado.
Shalom!
Rafael Chiconeli
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