Os sábios cabalistas há muito já diziam que neste mundo, as coisas pelas quais passamos têm dois aspectos: externo e interno. No caso do primeiro, mais fácil de enxergar, sempre reflete o que queremos ver e não o que de fato vemos, porque é unicamente inspirado na interpretação e não raramente trará como resultado o peso do engano.
O segundo aspecto é mais difícil de ser percebido, pois está coberto pelo véu do primeiro aspecto, portanto, demanda mais esforço de quem planeja adentrá-lo. Isso, porque é baseado em informação, e não na interpretação, que é o veículo fundamental para se explorar as grandes verdades, transformadoras por excelência.
São muitos os que vivem na ilusão em vários aspectos da vida, por enxergar somente o que querem e por estabelecer expectativas que não podem ser preenchidas. Assim, as outras pessoas e eventos, acabam sendo responsabilizadas por ocasiões evitáveis, se a lente de contato fosse trocada.
Como a Cabalá lida com respostas, há uma frase em sua literatura que enumera bem esta situação: "não olhe para a jarra, mas para o que está dentro dela". Ou seja, o que aparentemente é belo, pode guardar um interior diferente, assim, como o que aparentemente é feio, pode ter em seu interior a coisa mais bela já vista.
É necessário, meus amigos, que transcendamos o mundo das aparências, para que possamos verdadeiramente enxergar as verdades sublimes da vida. Para que a dor deixe de ser uma constante, para tornar-se em prazer divino.
Fraternalmente,
Rafael Chiconeli .`.
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