A inveja é a imagem invertida da alegria.
A cabala ensina que o universo não é um produto acabado e que sua construção está prosseguindo neste exato momento. O mundo, portanto, não é algo simplesmente que acontece conosco. É algo que nós fazemos acontecer. “ O propósito da criação foi o de trazer à existência uma criatura que pudesse derivar prazer da bondade de Deus”, escreveu o grande cabalista rabi Moshe Chaim Luzzatto (1707- 1747).
“ Significa que tudo veio a existir para que nós o desfrutássemos. Muitas guerras, perseguições e tragédias humanas foram perpetradas ao longo dos séculos, supostamente por serem a vontade de Deus. No entanto, a cabala nos diz que a vontade de Deus é que encontremos prazer em Sua criação”. Assim como a alegria está ligada à gratidão pelo o que o Criador nos deu, a inveja é a falta de gratidão, ensina o cabalista.
“É um anseio autodestrutivo de ser outra pessoa, de ter a vida de outra pessoa ou algum aspecto dela, com uma rejeição implícita de quem nós somos na verdade. Devemos manter puras as nossas intenções. O anseio pela luz é um sentimento que nos é dado para ajudar em nossa transformação espiritual. O ciúme e a inveja são distorções desse sentimento, e representam uma corrupção do fluxo de energia dos mundos superiores. E a cabala nos ensina que não há nada que a inclinação negativa não tente corromper”.
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