quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A CABALA DO SONO


Há uma máxima cabalista, que conta a história de um discípulo do Rabino Bar Jochai, que ao falecer, acabou sendo levado por alguns anjos ao Tribunal Celestial. Lá, lhe perguntaram o que ele havia aprendido de mais importante na sua experiência material, ao que ele respondeu: "aprendi a dormir". Isto evidencia a importãncia que a cabalá dá ao sono e o produto que advém dele: o sonho.

Dormir bem, é fundamental para o cabalista, o que não significa dormir muitas horas e sim, respeitar os ciclos necessários para um bom sono, o que já é de conhecimento científico. Isto significa que o sono é dividido em quatro séries ideais: adormecimento, sono leve, sono profundo e sono paradoxal, esta última a fase onde a alma se desprende para acessar outras esferas.

Nesta última fase, podemos aprender coisas valiosíssimas de nossa existência através da interpretação ideal. Esta é feita cientificamente, separando os elementos do sonho isoladamente, resolvendo um de cada vez, para depois encaixá-los através de uma junção perfeita. Esta separação é necessária, pois como o Talmud nos adverte, "é impossível colher milho, sem espigas", ou seja todo sonho além da mensagem traz coisas vãs.


Por tudo o que vem sendo colocado, umas das maneiras de se aperfeiçoar o aproveitamento dos sonhos é o Hatavat Shalom, ou "Melhora do Sono", que é um ritual cabalístico constituído de fórmulas rabínicas e caracteres hebraicos que utilizamos em combinação, para aliviar a mente e proporcionar maior qualidade de sono.


Com esta qualidade a pessoa que sonhou, pode trazer dados nítidos para que o cabalista possa proceder de forma apropriada, isolando os elementos valiosos dos elementos inúteis, através de permutação. Assim, podemos fazer com que nosso tempo dormindo também nos sirva como instrumento de evolução.


Fraternalmente,


Rafael Chiconeli .`.




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