Depois de mais uma semana de trabalho, mais um Shabat. É momento de desacelerar o passo e entrar no estado meditativo. Ao chegarmos, porém, nem sempre nos damos conta do trabalho que dá preparar tudo: cadeiras no lugar, sidurim à disposição, o Shabat.
Há milhares de anos, o povo de Israel, orientado por Deus, já externava todo o cuidado com o momento alto da semana, o Shabat. As porções semanais Vaiakel-Pecudê relatam em pormenores o que era necessário para a construção do Santuário onde nossos antepassados estariam diante da presença de Deus.
Mas não basta que tudo esteja tecnicamente impecável. A alma também anseia por beleza. Todos nós viemos para nos envolvermos com o "Óneg Shabat", o prazer de nos reunirmos para agradecer, contemplar, encontrar os amigos, simplesmente respirar.
Quanto ao aspecto técnico e estrutural, Moisés pediu que trouxessem para o Mishcán materiais nobres como ouro, prata e cobre; lã azul-celeste, púrpura, peles de carneiro tingidas de vermelho e peles de "tachásh", madeira de acácia. Também deveria haver azeite para iluminação e incenso – tudo para sensibilizar os sentidos físicos e preencher a alma de alegria.
Entre todos estes materiais, um deles intrigou os nossos sábios: o "tachásh", que ser é este? Uma das explicações é que se tratava de… um golfinho. Mestres da Cabala Iniciática, entendiam que "tachásh" derivava do aramaico "sas-gavna". O Talmud, no Tratado Shabat, afirma que "sas" significa "alegria" em hebraico e "gavna" quer dizer "cores" em aramaico: "um golfinho de cores festivas".
No entanto, Rabi Yehuda afirma, no Midrash Tanchuma, que o "tachásh" era um animal com um chifre e pele de seis cores diferentes. Um unicórnio? Segundo Rabi Yehuda, este ser maravilhoso teria existido apenas para que da sua pele fossem feitas as cortinas do Mishcán. Depois disso ─ entrou em extinção.
Uma tradicional canção de Shabat diz assim: “Ismechu bemalchutecha, shomrê Shabat vecorê óneg, óneg Shabat.” Alegremo-nos com o Shabat em todos e com todos os seus sentidos. Assim compartilharemos sensações semelhantes às que nossos antepassados tiveram no deserto, no Mishcán, perto de Deus, com tudo o que há de mais maravilhoso há em Seu Reino: o nosso mundo.
Adorei o texto!É uma alegria poder estudar todos os sábados os shabat,minha tiferet até espera,pois ela mescla as cores cambiantes do amor.Precisamos nos reunir para agradecer,comtemplar,encontrar os alunos,festejar nossa alegria também.
ResponderExcluirFico feliz pelo coment rita!
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