sexta-feira, 9 de março de 2012

PARASHÁ KI TISSÁ



O principal ponto desta porção é a construção do bezerro de ouro. A essência está sempre relacionada ao nome em hebraico. Este nome é o poder Divino pelo qual este fenômeno é constantemente recriado, a todo instante. A palavra bezerro em hebraico é EGUEL (lpr) tem a mesma raiz da palavra “redondo”. 

O Bezerro de ouro é a nossa inclinação para entrarmos na prisão circular da mente robótica. Este estado “redondo” de consciência representa um programa fechado de possibilidades. Relacionado a um ciclo de consciência robótica e alienada predominante no Mundo físico. Esta idéia é reforçada através da própria palavra pecado (Chet) em hebraico, que também significa uma cerca fechada.

O pecado é a ruptura da conexão do fluxo de vida do Criador para Criação. Pecar para Cabalá significa desconectar. Manter-se conectado ao fluxo da Luz do Mundo Infinito é a base para não voltarmos a prisão da consciência robótica.

Neste mês estamos conectados com a energia do “milagre”. Quando pensamos em “milagre”, associamos à idéia de uma intervenção Divina que intercede a nosso favor, para concretizar nossos desejos e resolver nossos problemas. Segundo a Cabalá Contemplativa, o estado de Tohu (Caos) caracteriza-se pelo domínio absoluto da Klipah (casca) sobre a consciência do ser humano. 

Esta Klipah distorce nossa visão da realidade e nos induz a agirmos sempre dentro de uma perspectiva robótica e previsível. Para Cabalá, o “milagre” acontece quando conseguimos “criar” algo, fora desta perspectiva, quando saímos de um estado de consciência preso a um programa de possibilidades fechadas e paramos de caminhar em círculos.

E viu Aarão, e construiu um altar diante dele, e chamou Aarão dizendo: festa para o Eterno amanhã.”

Aarão viu que a sitra achrá (o outro lado), uma realidade densa e negativa, foi fortificada lá, pois se ele não tivesse se apressado para fazer isso, o mundo teria voltado novamente para o estado de Tohu e Bohu (caos e desolação). Construir um altar é também um código para definir a importância de criar “portais” de acesso aos Mundos superiores – estabelecer novamente a conexão. 

A teshuvá é o resgate de uma consciência mais elevada, é permanecer  conectado com a Luz. Fazer a teshuvá é a única forma de combater a energia negativa gerada através do pecado do bezerro de ouro. Aarão sabia que eles acabariam fazendo a Teshuvá: “festa para o Eterno amanhã.”

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